Libertadores feminina: entenda direitos das atletas em meio à polêmicas
- Lucca Marreiros
- 14 de out. de 2024
- 2 min de leitura
A Libertadores Feminina entra em uma de suas fases mais agudas neste semana, onde os jogos entre Corinthians x Boca Juniors e Independiente Santa Fé-COL x Independiente Del Valle-EQU decidem os dois finalistas da competição internacional. Porém, ainda que seja o torneio mais importante do continente na categoria feminina, tal como é reconhecido na masculina, os direitos das mulheres e as estruturas ofertadas para a prática das partidas ainda está muito aquém das realidades milionárias vividas pelos homens.
Declarações da meia Gabi Zanotti, do tetracampeão Corinthians, reforçam uma realidade que muitos insistem em ignorar. Um registro na rede social da atleta, que demonstrava as péssimas condições do ônibus ofertado pela CONMEBOL para levar as atletas do Timão para enfrentar o Olimpia (PAR) já havia chamado a atenção. A vitória por 2 x 0 nas quartas-de-final e consequente vaga nas semis não apagam a falta de cuidado e completo descaso com o transporte. Para completar, segundo Gabi, o gramado do estádio Carfem, que recebeu o jogo, estava em condições ruins para a prática do futebol.
A realidade encontrada nos países vizinhos, onde o Corinthians segue sua trajetória em busca do quinto título de Libertadores, porém, ainda encontra ecos no Brasil. Ainda que a CBF tenha fortalecido e valorizado torneios femininos, como a Supercopa e os Campeonatos Brasileiros (Séries A1 e A2 especialmente), muita coisa ainda precisa ser feita, visto às dificuldades financeiras, estruturais e administrativas que muitas jogadoras encontram.
A advogada Edinalva Gomes lembra que o futebol feminino representa uma luta pela igualdade de gênero e pelos direitos humanos. “A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 217, garante a prática desportiva para todos, enquanto o Estatuto da Criança e do Adolescente assegura o acesso à escola desde o início”, explica. Ela ainda lembra a importância do esporte na transformação social para as mulheres envolvidas. O futebol feminino não é apenas um jogo, mas um espaço de transformação social que promove o direito dos atletas, meninas, mulheres e suas família”.




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