Botafogo atropela o Flamengo e se mostra "candidataço" a títulos
- Lucca Marreiros
- 19 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
O Botafogo atropelou o Flamengo com um histórico 4 x 1 na noite do último domingo (18), no estádio Nilton Santos. O placar, que entra para a história dos jogos entre os rivais, pode ter sido o ponto de corte em um Brasileirão que vê o time alvinegro como um candidato mais sério ao título. E, diferente do apagão que ocorreu no ano passado, o Botafogo de Arthur Jorge não demonstra dar muitos indícios de que pode perder a disputa para os seus rivais. Intenso, organizado e ofensivamente agressivo, o clube carioca tem mais uma grande chance de conquistar o Brasileirão, algo que não ocorre desde 1995.
A goleada sobre um dos maiores rivais teve tudo de um time que lutará até o fim pelo título: agressividade e concentração ao máximo, possível no gol de Mateo Ponte logo aos 3 minutos; poder de recuperação e resiliência, ao sofrer o empate e ver Bruno Henrique provocar o time com o gesto do "chororô"; brilho do artilheiro Igor Jesus, cada vez mais readaptado ao Brasil e justificando a titularidade no lugar de Tiquinho Soares; e, por fim, a competência do jovem Matheus Martins que saiu do banco e marcou os dois últimos gols do Botafogo. Resolveu o jogo e fez a festa da torcida.
Por anos, o Botafogo foi vítima da própria desorganização e certa incompetência. Era figurante nos torneios e, ao mesmo tempo, via o clube sofrer uma desvalorização recorde no mercado com dívidas cada vez mais crescentes. A transformação em clube-empresa e os aportes milionários da Eagle Football, de John Textor, mudaram a instituição. Organizado, rico e bem desenvolvido, o Botafogo hoje é modelo de gestão no Brasil. Participa da Libertadores depois de sete anos, com chance real de título e, no Brasileirão, é mais uma vez protagonista.
O elenco é recheado de grandes jogadores. Luiz Henrique, contratação milionária vinda do Real Bétis-ESP, é o melhor atleta do país atualmente. Igor Jesus, Thiago Almada, Allan e Savarino foram outras contratações de peso feitas pelo clube que, até aqui, tem dado o resultado esperado. Isso sem falar de outros nomes, como os de John, Matheus Martins, Alexander Barboza e os remanescentes Marlon Freitas e Tchê Tchê. Há ainda os lesionados Eduardo e Júnior Santos, que tem chances de voltar a jogar até o final do ano. Fato é que, 2024, tem tudo para ser o grande ano do Botafogo.

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