Botafogo já foi semifinalista da Libertadores em outras duas oportunidades; saiba mais!

O Botafogo está muito perto de chegar à Final da Libertadores pela primeira vez na história. Na noite desta quarta-feira (30), a equipe carioca pode se dar ao luxo de perder por até quatro gols de diferença para o Peñarol-URU que, ainda sim, decidirá o torneio na Argentina no sábado, dia 30 de novembro, na Argentina. A vitória sobre os uruguaios por 5 x 0 na ida praticamente confirmou a vaga na decisão, algo que poderia já ter acontecido em 1963 e 1973, anos em que o time disputou a competição e bateu na trave em tentativas de chegar na Final.

Em 63, Santos de Pelé humilha Botafogo no Maracanã e põe fim ao sonho

Em 1963, o Botafogo tinha um dos melhores times do futebol brasileiro, rivalizando com o Santos de Pelé, Coutinho e Pepe. Vice-campeão da Taça Brasil em 1962, quando perdeu o título para a equipe paulista, o clube carioca ganhou o direito de disputar a competição, extremamente curta e rápida, visto que apenas os competições nacionais à jogavam. O Botafogo, vice-campeão nacional, entrou na disputa porque o Santos já tinha garantida a vaga para a Libertadores de 1963 pois havia conquistado a taça no ano anterior. Curiosamente, a equipe de Pelé se classificou automaticamente para as semifinais.

O Botafogo passou por uma fase prévia, onde caiu em um grupo de três times e eliminou Alianza Lima (campeão peruano) e Millonarios (campeão colombiano). Classificado para as semis, encontrou o Santos e foi batido por uma das maiores equipes da história do futebol: após empate em 1 x 1 em São Paulo, derrota desastrosa por 4 x 0 no Maracanã e fim do sonho. Na Final, o Peixe bateu o Boca Juniors na Argentina e foi campeão. Naquele torneio, Jairzinho, Nilton Santos, Jair Bala, Élton, Rildo e Antoninho, todos com um gol, foram os artilheiros do Botafogo.

Em 1973, Botafogo supera carrasco do Brasileirão de 72, mas cai em semifinal composta por grupos

Dez anos depois, o Botafogo voltou a uma Libertadores mais inchada e que permitia a presença dos campeões e vice-campeões nacionais. Ainda relevante no país, inclusive com craques como Jairzinho, Roberto Miranda e Brito, o time carioca perdeu o Brasileirão de 1972 para o Palmeiras que, naquela década, sob o comando de Ademir da Guia, inaugurava o primeiro grande esquadrão do clube, conhecido como "Academia". Mas, quando se cruzaram no torneio continental, melhor para o Fogão, que caiu no grupo do Palmeiras e eliminou o rival. Nacional-URU e Peñarol-URU também estavam na chave.

Curiosamente, a vaga entre os brasileiros foi tão disputada que o Botafogo a conquistou após bater o Verdão por 2 x 1 em um jogo desempate. A classificação rendeu vaga para as semifinais, onde o Botafogo caiu em um grupo com Cerro Porteño-PAR e Colo-Colo-CHI, outros classificados da primeira fase. Então, a equipe carioca não deu sorte e ficou em último lugar nesta chave. Os chilenos fecharam o grupo em primeiro, foram para a Final, mas perderam a taça para o Independiente-ARG. Dirceu, com cinco gols, foi o artilheiro do Botafogo naquela Libertadores.